Roda de Conversa: Histórias do Movimento Indígena na luta por Terra, Trabalho e Educação Escolar Diferenciada

A História da Educação Escolar Indígena Diferenciada, focada na experiência dos saberes ancestrais, tendo o bilinguismo, a interculturalidade e a especificidade como sustentáculos essenciais do trabalho educativo, é fruto da luta e da resistência dos movimentos sociais organizados dos povos indígenas. Estrategicamente, essa consciência étnica dos povos indígenas no contexto da América Latina, com foco no Nordeste do Brasil, faz-se na luta pela terra expropriada, a qual remonta ao processo brutal de genocídio e de etnocídio em nome da fé e da ganância mercantilista colonial, pela identidade negada, mas não apenas, este fazer-se, dialeticamente, evidencia-se também como território de descolonização da educação escolar indígena, estabelecida por ampla legislação educacional  pós-1988, com a nova Constituição. Neste sentido, as narrativas de professores e professoras emergem como lugar de histórias e memórias do movimento da educação escolar indígena diferenciada e, além disso, evidencia-se também como experiência de luta por terra, trabalho, saúde, educação entre outros meios mínimos necessários à produção da vida para além do capital.

Roberto Kennedy Gomes Franco

Grupo de Estudos com os Povos Indígenas/GEPI, Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Organizado no âmbito do Grupo de Investigação de História da Educação