Capa do livro "O Mural do Tempo. Manuais Escolares em Portugal". Organizadores: Justino Magalhães

O Mural do Tempo. Manuais Escolares em Portugal

Autor
Justino Magalhães

Apresentação

O Mural do Tempo – Manuais escolares em Portugal é uma narrativa etno-histórica sobre o livro escolar, que leva em atenção a historiografia, a constituição escrita do educacional escolar, o inventário, o olhar crítico, a cronologia, o significado, o sentido evolutivo. Argumentando em favor da tese de que o livro foi a base da cultura escolar, é feita uma resenha da história do manual escolar, no âmbito da cultura escrita, que enquadra o caso português no espaço europeu. Traça-se um quadro analítico e evolutivo, sustentando-se que a genealogia do livro e a regulamentação do manual estruturaram um regime de educabilidade. É apresentado um inventário crítico de manuais escolares portugueses, editados, aprovados e seleccionados principalmente para o Ensino Primário (Elementar e Complementar), que abrange o período do século XVI à primeira metade do século XX, com principal incidência entre o Pombalismo e o final do Estado Novo. Razão da razão escolar, o livro comporta a memória do passado e a memória do futuro, prevenindo e promovendo a mudança.

Índice

O MURAL DO TEMPO9
PARTE I – O LIVRO NA BASE DA CULTURA ESCOLAR13
1. História do manual escolar15
1.1Entre sentido e identidade
1.2Uma historiografia em aberto
Diversidade textual e biblioteconomia22
O livro e a modelação cultural24
O livro e a razão escolar27
O livro e a disciplina do pensamento31
Uma etno-história do livro escolar35
 2. Livro escolar e razão educativa37
2.1Configuração e uso39
Órgãos e normas43
Regimento e aprovação do livro escolar47
Regulamentar o livro – normalizar a escola51
Uniformizar o livro – modelar a sociedade letrada56
Modelar o livro – normalizar a cultura escrita65
Unificar o livro – regimentar a educação71
Regulação do livro e razão educativa76
2.2A autoria78
Concurso de autores88
Concurso de livros91
Autoria e normalização94
2.3Mercado editorial98
Exercício editorial regulado98
Vitalidade do mercado – constrangimentos editoriais100
Livro Único – adjudicação editorial e livreira103
Emergência do editor escolar105
2.4Consulta e testemunho107
Listas de livros e disciplina leitora107
As Bibliotecas Escolares como depósito de compêndios110
Bibliotecas e extensão científico – cultural116
2.5Um regime de educabilidade120
Genealogia e estatuto do livro escolar120
Uma cronologia integrada123
Censurar o livro para normalizar a leitura126
PARTE II – MANUAlS ESCOLARES EM PORTUGAL (SECS. XVI-XX)135
1. Manuais do Ensino Primário Elementar e Complementar137
1.1Livros escolares integrados – manual para a Instrução Primária139
1.2Livro escolar por matérias149
Leitura e escrita149
Escrita157
Leitura164
Gramáticas204
Formação Cívica / Religião206
Cálculo / Aritmética e Sistemas de Medidas – Métrico Decimal210
Corografia / História215
Lição de Coisas / Ciências Naturais221
Geografia222
Desenho224
Ginástica226
Música226
Trabalhos Manuais227
Instrução Agrícola e Economia Doméstica227
Leitura extra-escolar228
2. Uma biblioteconomia em expansão231
3. O livro escolar no centro da convenção educativa235
3.1Manuais aprovados e manuais adoptados (1882-1912)235
3.2Implantação da República: actualizar, manter, reformar258
MEMÓRIA DO FUTURO (CONSERVAR, REGIMENTAR, PREVENIR)263
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Coleção e data de publicação

Ano de publicação: 2011
Colecção: Investigação em Educação
Editora: Edições Colibri & IEUL